sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Serás o meu amor, serás, amor, a minha paz...

Quando dediquei um post ao querido Paul McCartney, ouvi de uma amiga que aquilo era uma verdadeira declaração de amor. E sem pensar duas vezes rebati: "Prova de amor será quando parar para escrever sobre Chico Buarque!".



E não é que chegou a hora de tal declaração!
E se você não gosta de ouvir Buarquices, se não admira, se acha fanatismo besteira, enfim, se não tem o bom gosto que possuo, favor fechar a janela. Sou tão legal que até estou avisando, heim??!!
Pois bem, não sei se sou fanática por Chico Buarque ou por qualquer outro artista. O que sei é que sou apaixonada por esse genial e multiplo artista que, pra mim, é incomparável, inigualável e or concur em qualquer pseudo disputa, porque nada e ninguém é capaz de ganhar uma disputa com Chico.
Não lembro qual a primeira música que me encantou, não sei quando começou tal paixão, sei que me dei conta que ela existia ao ouvir de alguém uma crítica somada a uma careta ao falar dele. Nesse exato momento, que me recordo com tamanha perfeição de detalhes, ao ouvir tais comentários, intimamente, uma revolta, uma incompreensão. "Como pode alguém não gosta, falar mal, criticar CHICO BUARQUE??".
Já faz alguns anos que isso aconteceu, já faz alguns anos que me dei conta da grandeza, do talento e do simbolismo que representam essa figura apaixonante. Suas canções sempre tão perfeitas, sempre tão dispostas a preencher meus dias, alegrando, acalmando, enriquecendo, contribuindo nos meus mais diversos momentos...
Como é bom ouvir Chico.
Da mesma forma que é hipnotizante vê-lo cantar, assistir a um vídeo seu. Que delícia ler seus romances, tão ricos em detalhes, tão cheios de magnetismos, nos prendendo a cada página e nos deixando órfãos a cada ponto final, a cada história tão bem terminada.
Daí os cineastas nos fizeram o favor de transformar alguns desses romances em belas e delicadas películas...
E eu, como uma louca amante do dono dos belos, doces e verdes olhos, digo, do senhor Buarque de Hollanda, leio e releio e releio milhares de vezes, sempre que vejo alguém lendo, sempre que ouço algum elogio sobre suas obras, sempre que percebo um interesse de alguém em ver Benjamim ou Budapeste. Eu TENHO que ler, ou melhor reler. Como se em cada nova leitura eu buscasse um detalhe perdido, um ponto de vista novo.
Buarquices aqui, Buarquices ali...Esse início de 2011 fui surpreendida com novos ouvintes e leitores desse gênio. Sim, amigos que que sempre relutaram, que olhavam com desdém para o meu fascício me presentearam com a informação de que se renderam ao músico, ao escritor que vos descrevo. ORGULHO!! É a evoluçaõ humana se fazendo presente.
Confesso que tenho um certo receio em recomendar seus romances, pois, tenho plena consciência de que como fã posso não ser imparcial, mas já que me perguntam sobre...
Para quem reúne músicas, CD's, livros, curiosidades, para quem espera toda a programação um tanto quanto duvidosa da Tv aberta apenas para na alta madrugada ver um programa em sua homenagem, quem aguarda ansiosa por uma microssérie baseada em suas canções, assiste, procura por encaixar a imagem que criou em sua mente ao ouvir tais canções com a imagem reproduzida TV. Que torce para não haver nenhuma falha bizarra, para que não "destruam" (se é que isso é possível) a obra composta por seu ídolo. Para quem escuta não apenas com os ouvidos, mas com o coração, com a alma cada verso ritmado sempre e cada vez como se fosse a primeira.
Só resta sonhar, desejar e torcer ano após ano para que um dia possa ver, ouvir, cantar, sonhar ao vivo...sonhar com dia em que poderei ver Chico Buarque no palco, cantando especialmente para mim (não me venham dizer que ñ será um show exclusivo pq eu sei, mas o momento será único e eu faço a cena que eu quiser, ok??).


Dizem que a maior parte dos fãs de Chico são mulheres. Dizem que isso se dá ao fato dele falar, descrever e principalmente, compor tão bem a alma feminina. Descrever poéticamente em forma de canção os sentimentos mais profundos, mais sensíveis, mais presentes no cotidiano de nós, mulheres. Não sei se é essa sensível capacidade que nos encanta, se é o lado sambista malandro, se são as politizadas letras. Ou se são apenas seus belos olhos. Ah, seus olhos!! Por isso prefiro afirmar que é tudo isso junto e mais um pouco. Chico é vida!



Tem até comunidade por aí de homens conformados em dividir suas amadas com o galã da MPB!
A quem diga ainda que ser fã de Chico Buarque é cult, está na moda, bla bla bla...
Moda Buarquiana?? Então Chico é atemporal, pois nunca sai moda, década após década, não importa idade, sexo, cor, credo...Gente de diferentes estilos e tribos. Todos possuem pelo menos uma composição na memória, um verso, uma lembrança.
E quando ao folhear um de seus livros você encontra um rascunho de algum bilhete, cartão, recado que foi endereçado a alguém?? E daí você lembra de quando leu pela primeira vez o exemplar, lembra da expectativa da leitura, do momento, do bilhete...
Chico Buarque, você e suas canções podem me descrever em diferentes momentos, podem fazer a trilha sonora perfeita da minha vida, podem me denunciar, encher de esperança e cor meu dia, me dar munição para os meus mais loucos devaneios, inspirar, inspirar, inspirar...
Tanto talento assim em uma única pessoa, deve ter um propósito...
Como não amar? Não se apaixonar? Não passar horas ouvindo, lendo, admirando? Como não recomendar?

Pois é, meu guri, Deus lhe pague por estar sempre no meu cotidiano e, até o fim direi: EU TE AMO!



Perfeição pouca é bobagem!

2 comentários:

  1. Ounnnn perfeito seu texto, Isabel :)

    as letras de Chico Buarque são maravilhosas, isso eu tenho que concordar com você rs

    "As mulheres mentem mais, mas os homens traem mais..."

    Apesar de não ser um fã fanático, eu gosto de ouvir as musicas dele, ler poesias, até baixei a minissérie que passou na TV huauahau

    Parabéns pelo seu blog, continue assim ;)

    beijo

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  2. Parabéns pelo texto, Isabel. Ficou maravilhoso!!! Chico Buarque é um dos maiores nomes da música brasileira. Poucos compositores conseguiram expressar com tanto talento o romance, o sentimento, a dor, a revolta, a indignação como o "Julinho da Adelaide". Esse talento para a música rompeu fronteiras, alcançando o cinema, o teatro e a literatura. Os versos de Chico não se desgastam com o tempo. Eles se renovam, se transformam... ganham novas roupagens. Chico é um artista completo. Um gênio.

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